ESCRITORES DA LIBERDADE

terça-feira, abril 6, 2010

Fonte: Imagem da internet

Render-se à acomodação ou persistir para alcançar seus objetivos, mesmo que estes sejam revolucionários? Tal conflito é tratado de forma instigante e exemplar no filme “Escritores da Liberdade” (Freedom Writers, EUA, 2007), baseado em uma história real.

A jovem professora Erin Gruwell, interpretada por Hilary Swank, vai lecionar em uma escola na cidade de Los Angeles na qual são constantes as brigas entre gangues rivais, disputa por espaços e grupos tentando se afirmar perante uma sociedade preconceituosa. Tal cenário, porém, não afasta a professora. Pelo contrário, torna-se estimulador, pois Erin está decidida a mudar a situação.

Essa decisão é revolucionária, uma vez que muitos professores já haviam entrado na sala 203, mas nenhum, com a esperança, dedicação e métodos inovadores da jovem, que muito lembram as práticas sugeridas por Paulo Freire no livro “Pedagogia da Autonomia- saberes necessários à prática educativa”. Uma delas é a de que “Ensinar exige saber escutar”: Erin está numa sala onde os alunos se olham estranhamente, participam de gangues e são envolvidos com tráficos. Ela não pode desconsiderar essa realidade.

Através de diários, nos quais os alunos escrevem suas angústias, sonhos e medos, Erin “dá voz” a esses jovens e compreende melhor seus universos, o que facilita na criação de um ambiente interacional entre educador e educando.

A alegria e esperança de Gruwell (preceitos também defendidos por Paulo Freire na formação de educadores) incomodam a diretora e os demais professores ditos conservadores, que tentam “castrar” e impedir, de qualquer forma, a concretização de suas idéias, o que torna sua tarefa ainda mais desafiadora e envolvente.

Pouquíssimos filmes me marcaram até hoje como o fez “Escritores da Liberdade”. É uma história espetacular que não só traduz a triste e séria realidade de muitas escolas, mas nos dá a alternativa para reverter o quadro.

Por Kalina Aires Soares


EDITORA DA TV CABO BRANCO FALA SOBRE TELEJORNALISMO EM VISITA DE ALUNOS DA UEPB

segunda-feira, maio 18, 2009

Na visita à TV Cabo Branco, realizada no dia 24 de março, os alunos do primeiro ano do Curso de Comunicação Social/ Jornalismo, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), não só ouviram explicações sobre a TV digital como também puderam conversar sobre vários aspectos da atividade jornalística com a editora Jô Vital.

Um dos pontos abordados por ela foi o trabalho em equipe, extremamente presente na área do telejornalismo. O repórter, por exemplo, “deve ter total sintonia com o cinegrafista para obter um resultado coerente na matéria”, declarou.

Questionada pela aluna Patrícia Ribeiro sobre a influência da política na linha editorial, Jô respondeu: “Nós temos a nossa linha política”. No entanto, deixou bem claro a importância da averiguação dos fatos e da oportunidade dos políticos expressarem suas opiniões.

Jô ainda falou sobre o processo de escolha do repórter que vai ao ar no Jornal Nacional, caso de Hildebrando Neto. “Os repórteres locais passam por uma seleção de acordo com as exigências do jornal”. Segundo a editora, uma característica muito importante que o repórter deve ter para ser selecionado é a segurança. “Já vi muito repórter bom que só de pensar que iria aparecer no Jornal Nacional ficava muito nervoso e não conseguia realizar a matéria”, revelou Jô.

A repercussão da conversa com a jornalista foi muito positiva entre os alunos presentes. “Ela falou com bastante clareza e simpatia”, disse Rafaela Silva. A estudante Kalina Aires também considerou importante o contato com a editora e foi bem pragmática: “Foi o melhor momento da visita”.

Por Kalina Aires Soares